Todo fim de semana é a mesma coisa. Rafaela chega de madrugada e encontra o vigia de seu prédio, em Laranjeiras, dormindo. Chateada, esquece o dedo na campainha do interfone. Mesmo com todo o barulho, Zé, o porteiro da noite, demora a acordar. Sonolento, ele tateia pela parede até encontrar o botão que abre a grade de ferro, esfrega os olhos, boceja e, só quando Rafaela está dentro do edifício, ele finalmente olha para ela e confirma: é moradora.
E se não fosse um morador, Zé? - Rafaela sempre se pergunta. Ela teme que um dia ele acabe abrindo a porta para um ladrão. Nem seria novidade. O prédio já foi invadido por gente disfarçada de funcionário da NET, que roubou a caixa de transmissão da empresa e saiu calmamente. Os moradores não tiveram grandes prejuízos: só ficaram sem TV a cabo por alguns dias. Mas e se os ladrões quisessem mais?
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